Mostrando postagens com marcador Aromas e Sabores da Serra Gaúcha. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Aromas e Sabores da Serra Gaúcha. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Qual o melhor chocolate de Gramado? Minhas aventuras pelos Aromas e Sabores da Serra Gaúcha

chocolates de Gramado


Estive em Gramado na Serra Gaúcha há algumas semanas atrás. Não conhecia e fiquei encantada, não só com a quantidade de chocolates mas com a cidade em si que é uma graça! aos poucos vou contando aqui no blog um pouquinho mais do que vi por lá. Por hora vamos falar de chocolates.

Na cidade de Gramado há uma loja de chocolates a cada esquina, na verdade, se é que é possível, há mais de uma loja de chocolates a cada esquina! Loucura total para os chocólatras, é impossível não esbarrar em uma loja a cada pequena caminhada. A má notícia é que nem todos os chocolates são de boa qualidade,  mas a boa notícia é que toda loja oferece logo na entrada uma amostra do seu produto, então fique atento e aceite a degustação. Provei todos que consegui e entrei em quase todas as lojas que vi, uma delas muito bonita me chamou atenção, mas o chocolate decepcionou muito! Saí de fininho... Os chocolates da foto aí de cima foram adquiridos logo no primeiro dia, para testar no hotel. Mas comendo tanta provinha a toda hora só consegui comê-los em casa.

Gostei bastante do chocolate da Lugano e do Caracol, mas os do Planalto e da Prawer também são saborosos. Os outros que provei não passaram no meu teste, mas quero deixar bem claro que apesar de ter degustado chocolates por 3 dias não devo ter provado todos e essa postagem é uma opinião pessoal.

Quando marido viu que o Caracol vendia macadâmias cobertas por chocolate ao leite me fez comprar. Mas não me arrependi, amei! Pena que são muito caras e só comprei 100 g. Tem também de amêndoas, avelãs e outras. Por pressão do marido também comprei uma barra com pistaches que me custou os "oio da cara". Mas marido sabe das coisas. Ele não gosta muito de chocolate ou pelo menos não gostava antes de me conhecer, por isso sou eu que costumo comprar. Mas cada dia que passa ele come mais. Na próxima viagem vai ser por conta dele! As bolinhas crocantes também são leves e saborosas.

Gostei bastante das barras da Lugano e compramos para dar de lembrança. Todas as lojas, além das caixas grandes da vitrine, podem embrulhar em celofane ou outro saquinho quantas barrinhas você quiser, é só pedir. Fizemos kits com 3 barras. Mas não gostei do pão de mel de lá, aliás não gostei de nenhum pão de mel que comprei no Sul, achei todos mais para secos e estou acostumada com pão de mel mais macio e molhadinho. Marido suspirou com um bombom de coco da loja.

Achei bem gostoso o alfajor da empresa Mukli produzido em Nova Petrópolis, comprei o tradicional recheado de doce de leite e coberto com chocolate ao leite, meu favorito. A marca tem uma loja em uma galeria de Gramado. Comprei um e tentei resistir aos outros, fui embora de Gramado confiante, mas na estrada para Bento Gonçalves encontrei uma loja gigante e tive de parar! Minha mãe achou "melhor do que aquele outro", se referindo ao Havana. A grande vantagem é o preço, custou R$ 3,50 cada e comprado em quantidade sai mais barato. Claro que, ainda em Gramado, comprei também o doce de leite uruguaio que eles vendem, ainda não abri o pote, mas conto tudo no Instagram do @aromasesabores quando provar.

Na Planalto comprei uns bombons que não me animaram muito, mas o chocolate puro me agradou.


Chocolate quente de Gramado


Os chocolates quentes são um amor à parte! Provei os 3 das fotos que ilustram essa postagem, um por dia. No primeiro dia comprei um para mim e outro para marido mas depois optamos por dividir. Nosso pâncreas agradeceu e nosso bolso também. São caros viu gente! O mais barato foi o do Caracol, que custou R$ 11, pequeno e vendido em um copo descartável para viagem, a mesma bebida no aeroporto custava R$ 15, ia tomar um último chocolatinho mas refuguei. Depois descobrimos o chantilly e aí passamos a pagar mais.

Paguei feliz mas não amei nenhum deles, são muito gostosos, mas faço muito melhores em casa, também não sei dizer qual o melhor, achei os 3 de boa qualidade e não tenho um favorito. Mas a verdade é que nada substitui o prazer de estar viajando por uma cidade bonita, acolhedora e fria tomando um chocolate quentinho. Então vá fundo e peça dois só para você, esqueça que os órgãos estão reclamando.


Chocolate quente de Gramado


O chocolate quente da Prawer, a primeira foto, é um dos mais famosos e é vendido na cafeteria (ou chocolateria?) Casa da Velha Bruxa onde você pode se sentar e também comer alguma coisa. Lá você pode escolher entre o chocolate espesso e um mais líquido. Comprei o mais cremoso com tudo o que eu tinha direito por cima. Não me sentei com medo de querer comer mais alguma coisa. Fome em Gramado é uma sensação que não existe.


Chocolate quente de Gramado


O chocolate quente da Planalto me surpreendeu, achei saboroso e espesso na medida. O do Caracol tem um sabor ótimo mas quando vai esfriando fica grosso demais (foto acima). Tome rápido.


O mundo do chocolate - Gramado


Além de comer, beber e trazer para casa o chocolate de Gramado você pode "fabricar" o seu e ainda visitar algumas fábricas e dois museus.

No Reino do Chocolate, que pertence à caracol, há um pequeno museu contando a história do chocolate, uma parte de produção com vidro onde você pode observar e também essa parte interativa para "fazer seu próprio chocolate". Na verdade o chocolate está pronto e derretido e sai dessa torneira (foto abaixo), mas o visitante escolhe a forma, o tipo de chocolate e os complementos. As crianças ficam excitadas! Marido pagou R$ 10 para fazer sua barra, onde colocou todo tipo de confeito. Esperamos uns 30 minutos para poder levar a obra de arte para casa. Foi divertido, vai!


O mundo do chocolate - Gramado


O Reino do Chocolate é interessante e a entrada custou R$ 10,00. Tem algumas esculturas como esse coelho gigante, mas achei o museu meio "gasto", precisa de uma reforma. É claro que o museu tem uma loja e lanchonete anexas para você comprar mais chocolate.

A cidade conta ainda com uma atração "nova", o Mundo de Chocolate da Lugano que tem 200 esculturas, eu não visitei e escrevendo essa postagem agora é claro que me arrependi!! Mas depois de 3 dias imersa em um mundo achocolatado fui perdendo a vontade e não aguentava mais, marido então não aceitava nem mais prova nas lojas.

O ingresso é mais caro, custava R$ 28,00, se você estiver planejando uma viagem por esses dias compra o ingresso em sites de compra coletivos, tem oferta que eu vi! Caso você faça compras em uma loja Lugano peça um coupon de desconto ou de brinde, ganhei um brinde mas não fui receber!


O mundo do chocolate - Gramado


A loja do Planalto na avenida principal tem uma mini fábrica nos fundos, mas outras fábricas de chocolate podem ser visitadas. Eu tive azar e duas delas estavam fechadas na época da minha viagem e não consegui ir a nenhuma, se informe antes de ir, segue o link para uma lista de fábricas para visitar.


Sites para saber mais:

Alfajores Mukli

Mundo de Chocolate

Reino do Chocolate

Chocolates Lugano

Caracol Chocolates

Prawer (chocolates de Casa da Velha Bruxa)

Chocolates Planalto



terça-feira, 3 de novembro de 2015

Osteria della Colombina - Onde comer na Serra Gaúcha

Osteria della Colombina


Quem passa na frente dessa casa simples pintada de verde pode não reparar que dentro dela acontece algo mágico.

D. Odete Bettú Lazzari e suas 4 filhas recebem alguns afortunados para uma refeição inesquecível de pratos italianos feitos com receitas de família. O ambiente é rústico e cheio de charme, a sala de jantar fica no porão da casa, decorada com objetos antigos e fotos da família.

Quando chegamos, fiquei muito tempo olhando em volta, reparando em tantos detalhes, tentando me situar no tempo e espaço. A Raíssa, filha de D. Odete que administra a casa, nos acolheu com sua fala mansa e sem pressa nos contou muitas histórias de sua família e região, me fazendo sentir teletransportada para outro universo.


Osteria della Colombina


Parei para admirar o fogão antigo e imaginar como seria cozinhar em um deles.


Osteria della Colombina


As mesas de madeira são imensas, como em casas de família grande, para caber todo mundo pertinho!


Osteria della Colombina


Acima a mesa onde sentei eu e meu marido. Demos muita sorte, a casa recebe um número mínimo de convidados por refeição e como fomos em baixa temporada. só conseguimos ir graças a um grupo que apareceu de última hora! É muito importante entrar em contato para saber da disponibilidade e fazer uma reserva, veja os contatos ao final da postagem.


Osteria della Colombina


Mais detalhes do espaço, ao fundo fica um bar, de onde saem as bebidas.


Osteria della Colombina


Repare no chão de terra batida, mais rústico e único impossível. E na parede de certificados. D. Odete se qualifica ao máximo para atender o turista. Ela foi a pioneira na região a abrir as portas de sua casa e propriedade rural para receber viajantes.


Osteria della Colombina


As estantes têm amostra de produtos colhidos na região e geleias, conservas e doces feitos na cozinha da casa, que estão à venda.


Osteria della Colombina


Depois de muita observação, conversa boa e alguns aperitivos de polenta e salame, nos sentamos para o almoço.

Não satisfeitos com um, pedimos os dois sucos de uva feitos na casa com uvas orgânicas. Os dois são ótimos, mas o de cor salmão, mais delicado e doce foi nosso favorito.

Se você está na região para tomar vinho não vai se decepcionar, a casa serve vinhos e também um vinho feito lá mesmo.


Osteria della Colombina


O almoço em si começa com esse capeletti in brodo. Marido que diz não gostar de sopa suspirava e repetia. Eu quase me joguei dentro da sopeira. Mas me segurei por que havia mais pratos a caminho.


Osteria della Colombina


Na sequência veio essa salada colorida, também orgânica com vegetais colhidos ali ao lado, na horta da propriedade. Juro que fiz o sacrifício de comer verduras! Ela veio acompanhada da carne lessa, que é a carne que é usada para fazer o caldo do capeletti. Como cozinha por muito tempo fica macia, quase desmanchando.


Osteria della Colombina


Depois veio o nhoque coberto com queijos e linguiça fresca e a galinha, que estava divina.


Osteria della Colombina


A carne assada à moda antiga veio logo depois, com batatinhas coradas e cebolas idem, como eu adoro! E feita com bacon, porque comida à moda antiga não tem frescura.


Osteria della Colombina


Para matar de vez a nossa fome veio por ultimo a fortaia, que é uma omelete bem temperadinha e deliciosa. Pena que só coube uma provinha.


Osteria della Colombina


Para finalizar a refeição uma mesa de doces caseiros, o sorvete de limão estava maravilhoso, fresco e leve. Juntei um pouco de geleia de uva e biscoitinho caseiro e fiz meu "sunday colonial". Tinha também café feito no bule.

O almoço é em sistema de "sequência", que seria equivalente ao nosso rodízio aqui no Rio. Os pratos vem vindo, vem vindo de mansinho e se você não ficar atento sai rolando. Ou dorme ali mesmo sem coragem para volar para casa.

Raíssa, que serviu a todos pessoalmente, nos perguntava toda hora se queríamos mais alguma coisa. "Mais uma carninha?" Mais uma batata corada?" "nhoque quentinho?" E nós recusávamos tudo com muito pesar, infelizmente não cabia mais.

Marido chegou a pedir por uma rede!! Raíssa muito delicada nos ofereceu esteiras para deitar e descansar. Recusamos, é claro, senão iríamos ficar ali para sempre à espera de mais capeletti e um carinho.


Osteria della Colombina


Durante o almoço D. Odete faz questão de cuidar ela mesmo da cozinha com muito afinco.

Mas ao final, para completar essa experiência maravilhosa, ela aparece para presentear cada convidado (sim, me senti convidada!) com essa pombinha perfeita feita de pão, representando o nome da casa. Colombina significa pomba.

A vontade é de abraçar D. Odete bem apertado na tentativa de retribuir tanto carinho!


Osteria della Colombina


O forno a lenha fica ao lado de fora, perto dos banheiros e ainda é usado para assar pães, carnes, etc.


Informações

O restaurante fica na Estrada do Sabor, uma rota turística rural em Garibaldi, Rio Grande do Sul. A estrada que sai do centro de Garibaldi é asfaltada e a chegada é fácil e sinalizada. Mas há também uma parte do caminho em terra, caso chegue pelo Vale dos Vinhedos.

O almoço custou por pessoa R$ 55 mais bebidas. Valeu cada centavo e por tudo que recebi achei barato. Apesar da muita comida saí de lá leve e feliz.

Para entrar em contato, olhe antes o site AQUI.  Lá você encontra o e-mail e telefones e também informações sobre outras propriedades na Estrada do Sabor que recebem turistas. Infelizmente não tive tempo para visitar outros lugares.

Dica
Vá sem pressa, chegue um pouco mais cedo e não deixe de dar uma espiadinha na propriedade com seus parreiral orgânico.


Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...