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quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Entrevista Coletiva - Aromas e Sabores entrevista Comidinhas da Patroa



A Entrevista Coletiva é uma ação entre blogueiros onde cada blog participante entrevista um outro blog amigo. São 10 participantes e 10 entrevistas para você curtir! Essas entrevistas serão postadas até sexta-feira dia 09/08. Veja os links para todas elas AQUI.

Meu entrevistado é o blog Comidinhas da Patroa, escrito pelo Marcelo e sua esposa Alessandra. 

Vamos degustar?


Como foi o início do blog e qual foi a motivação de vocês para começar a escrever?

Alessandra: Meu pai sempre cozinhou muito bem e todo prato que ele fez sempre teve uma boa apresentação. Então desde criança aprendi que comida bonita é sinônimo de boa (na maioria dos casos). Quando fui morar junto com o patrão, ele costumava postar as fotos dos pratos nas redes sociais só pra exibir aos amigos... rs E esses amigos começaram a pedir receitas e nos incentivaram a criar o blog e foi assim que começamos.

Marcelo: Complementando a patroa, tudo realmente começou como uma grande brincadeira. No começo eu estava com o pé atrás em criar o blog, pois já tive (tenho) outros, participo sempre de comunidades online, enfim... eu já sabia do trabalhão que dá pra manter o blog atualizado. E é bem diferente de simplesmente postar as fotos nas redes sociais. Ali, é só uma fotinho e pronto... no blog, tem toda uma preparação da receita, fotos de passo-a-passo. Se a receita der errado, uma nova tentativa... e assim vai. rs Mas mesmo assim começamos e neste mês de agosto ele vai completar 2 anos no ar... :)

Já sabemos que quem cozinha é a Alessandra. Mas como é a divisão das outras tarefas do blog? Quem tira as fotos, quem digita, quem “pilota” as mídias sociais, escolhe as receitas, etc.?

Alessandra: As fotos sempre são do Patrão, eu digo que faço a “direção artística” das fotos...rs também sou eu quem escolho as receitas. O Patrão é nosso “piloto” social. Eu sempre que posso dou uma olhadinha e interajo com as pessoas, mas é ele quem publica e acompanha os números.

Marcelo: Na verdade quando vejo uma receita interessante ou um prato gostoso, também sugiro a receita pra patroa... rs Mas só sugiro mesmo. Até tem uma receita minha lá no blog (procure por Lasagna Bolonhesa), mas realmente não é a minha praia. Fico como "controle de qualidade"... rs Com relação a organização das tarefas... vou preparando as fotos de acordo com a preparação da patroa na cozinha. Após as fotos serem tiradas, trato-as e faço o upload em um artigo de rascunho no blog. A patroa complementa com os ingredientes e o passo-a-passo da receita e depois apenas reviso e complemento com algum texto adicional.

Marcelo, você só come ou ajuda na cozinha de alguma forma? Lava os pratos? Se a Alessandra não está você consegue se virar na cozinha?

Alessandra: Essa é uma pergunta controversa... rs Ele vai dizer que sempre lava, mas na verdade sobra sempre pra mim. E na cozinha o Patrão faz um lanche de bisnaguinha com requeijão fantástico!! kkkk

Marcelo: Mentira! rs Olhem minha lasagna lá no blog... meu orgulho! rsrs Ok, vamos dizer que sou a favor de que as pessoas se especializem em um assunto... o meu é lasagna... rs Confesso que quando vejo aquele monte de louças na pia depois dos pratos, me dá um desespero, mas eu lavo também... rs A patroa está exagerando. Mas cá entre nós. Como é horrível lavar panelas grandes, né? rs

Alessandra, como começou seu aprendizado com as panelas? Você cozinha por hobby? Como busca inspiração para as suas receitas?

Meu aprendizado começou com meu pai, desde pequena via ele fazendo massa de pão, de pizza e cozinhando todo tipo de guloseimas. Sempre sobrava uma bolinha de massinha pra eu fazer e eu acabava brincava com isso. Tenho uma convicção de que só cozinha quem gosta de comer! E eu sempre adorei comer bem, então comecei a cozinhar como forma de comer bem gastando pouco. Cozinhar pra mim é uma terapia, trabalho viajando pelo Brasil inteiro e sempre que chego de viagem abro a geladeira e vejo o que posso cozinhar, o dia que chego cansada ou chateada é nas panelas e no fogão que reponho minhas energias. Compro todo tipo de livro e de revista de receitas, sou super curiosa pra novidades e adoro testar aquelas receitas que vem nos pacotinhos dos mantimentos... rs. Mas sempre minha inspiração vem da geladeira e da dispensa, vejo o que tenho e o que posso fazer. Hoje por exemplo vi um cacho de banana quase estragando e dele saiu um Cupcake com recheio cremoso de banana (esse não foi pro blog, pois ficou gostoso, mas não teve uma aparência legal).

Qual a profissão/formação profissional de vocês? De alguma forma essa profissão/formação influencia no blog? 

Alessandra: Eu sou Administradora e trabalho com palestras e treinamentos de vendas e liderança. Atualmente trabalho em uma indústria de alimentos e o contato com alguns programas de Culinária da empresa me aproximaram ainda mais do desejo de compartilhar o pouco que aprendi.

Marcelo: Eu sou designer por formação e atualmente trabalho na TI de um grande banco, além de fazer muito trabalho como freelancer (não conheço um designer que não seja um freelancer eterno... rs). Devido a minha formação e por já ter trabalhado pra grandes agências e com grandes clientes, tenho facilidade na elaboração de material gráfico e de apresentação. Também aproveito os conhecimentos adquiridos no blog. Manutenção do mesmo, busca por melhorias no desempenho, acompanhamento de métricas... tudo isso ajuda um bocado e principalmente, não dependemos de outros profissionais pra esses assuntos, o que geraria custos extras. Por outro lado, o fato de você ter de lidar com tudo isso, compromete seu tempo quase que integralmente. Enfim... como em tudo nessa vida, sempre tem o lado bom e o lado ruim. Temos de saber dosar bem essas questões... :)

Marcelo, você diz que a Alessandra lhe fisgou pela boca. Qual foi o prato que lhe amarrou de vez? E alguma vez a Alessandra cozinhou algo de que você não gostou de jeito nenhum? Por que e qual o prato?

Então... na verdade não teve um prato específico... desde a época em que ainda namorávamos eu era muito bem "atendido" por ela e pelos meus sogros... rs Nunca vou esquecer do dia em que fizeram 2 lasagnas (sempre ela) e quando perguntei se vinha muita gente pra comer, me disseram que uma era só minha... rsrs Acho que foi mais ou menos por aí que começou essa "fisgada"... rs

Sobre um prato que eu não tenha gostado... dificilmente isso acontece, pois felizmente eu como de tudo. Mas eu lembro que tiveram alguns de que não gostei. Estou tentando lembrar quais foram esses pratos, mas está difícil... Lembro que tiveram alguns salgados demais, outros com texturas estranhas, mas faz parte das experimentações da patroa na cozinha.

Vocês têm os mesmos gostos no que se refere à comida? Qual o prato favorito de vocês e qual ingrediente que não comeriam de jeito nenhum? 

Alessandra: Temos o gosto parecido, adoramos massas e molho branco, por exemplo. Mas o patrão comeria carne todos os dias e eu só como 1 vez por semana. Tenho receio com alguns temperos apimentados e sempre provo com moderação, mas o que eu não comeria de jeito nenhum são aqueles espetos de insetos chineses.

Marcelo: Já eu tenho vontade de experimentar esses espetos... rs Sério, eu como de tudo e tenho vontade de experimentar tudo. Quando assisto aqueles programas de culinária que passam em países exóticos, fico com vontade de ir pra lá e experimentar tudo... mas se eu tivesse de eleger um prato preferido. Acho que escolheria qualquer um que leve camarão na receita... Já com relação a cozinha, e esse eu posso responder pela patroa também, nossas preferências são japonesa e mexicana.

Se vocês fossem para uma ilha deserta e tivessem somente um estoque de sal e açúcar, qual outros 3 ingredientes levariam com vocês? 

Alessandra: Acho que limão e pimenta, pra temperar os peixes que pescaríamos e arroz, porque não vivo sem arroz. Que pergunta difícil! kk

Marcelo: Massa de lasagna! rs Não, sério... não tenho a mínima idéia. Acho que acompanharia esse peixinho da patroa... rsrs

Qual o maior sonho gastronômico do casal? (Uma viagem, um restaurante, um super equipamento para a cozinha...) 

Alessandra: Fazer o roteiro dos restaurantes citados no livro "Minha vida na França" da Julia Child... :)

Marcelo: Além disso, também sonho com uma cozinha grande e bem equipada... hoje moramos em um "apertamento"... rs E a cozinha é bem limitada. Um dia teremos um espaço adequado pra patroa fazer suas experiências... ;) 


Obrigada Marcelo e Alessandra por essa entrevista deliciosa e muito sucesso para o Comidinhas! Adorei ter vocês aqui no Aromas.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Gastronomia Profissão - comidinhas para TV com Alejandra Faúndez



Alejandra Faúndez é natural do Chile e mora no Brasil há 12 anos. É formada em Gastronomia, tem uma empresa de consultoria, é professora e coordenadora do curso da Unisuam e é a responsável pelas lindas comidinhas de algumas das festas que fazem a alegria da casa do Big Brother Brasil!

Vamos conhecê-la melhor e ler suas preciosas dicas para quem quer seguir na profissão?


Você poderia contar para gente um pouco sobre sua trajetória na Gastronomia até chegar ao trabalho para o BBB?

Minha trajetória começa com uma grande força de vontade de me reencontrar profissionalmente. Passaram-se 12 anos desde que cheguei ao Brasil, e nesse inicio tive que aprender muita coisa. Começando pelo idioma, hábitos culturais e “gastronomia”, e foi nesse período também, que comecei descobrir que era a gastronomia que movimentava meu coração e a minha alma.
Me fez refletir nos meus valores e resgatar todas minhas lembranças. Desde a infância convivi com a gastronomia, meu pai quem admiro muito é caçador e pescador, então todas minhas férias da infância se passavam nas lindas paisagens do sul do Chile. Todas as nossas refeições eram à base dos produtos nativos, que nós mesmos caçávamos ou pescávamos. Claro, no caso da caça que acontecia nas madrugadas, era meu pai quem caçava e eu? rsrsrs...iluminava o bichinho, normalmente de noite eram coelhos ou lebres e de dia eram tórtolas e codornas, que se transformavam num delicioso churrasco ou cozido ao ar livre. Na pesca? Eram trutas e salmão.
Que mais eu podia pedir para esse inicio de carreira? No final quantos cozinheiros têm a oportunidade disso? Dei-me conta que eu tinha na minha lembrança um grande tesouro que faria parte do meu inicio como gastrônoma.
No Brasil estudei gastronomia e aproveitei cada oportunidade de aprendizado. Investi muito, muitas vezes paguei para trabalhar...rsrsr... e não me arrependo! Ainda estudando formatei o serviço de Personal Chef, onde realizei jantares a domicilio.
Hoje sou professora e Coordenadora Técnica do Curso de Gastronomia da Unisuam (Melhor curso de Gastronomia pelo MEC em 2011), professora da Laureate International Universities IBMR – RJ e tenho minha empresa AF Gastronomia, que oferece serviços de aulas particulares para amantes de gastronomia.
Justamente é com a minha empresa e a parceria dos cursos de gastronomia, onde pelo terceiro ano consecutivo, proporciono a oportunidade aos alunos de trabalhar comigo nesse lindo trabalho do Big Brother Brasil.


Saber que seus quitutes serão filmados faz alguma diferença no modo como você os prepara?

Especialmente nesse tipo de trabalho todo cuidado é pouco. Cortes, pontos de cocção e principalmente finalização, são básicos. Visto que ficam extremamente expostos.
A começar pelos próprios Brothers que ficam admirados com toda a produção da festa, e depois, as comidas podem ser filmadas rapidamente e naturalmente fotografadas.
Outro aspecto importante desse trabalho é que depende de cada prestador de serviços gastronômicos e de cada “identidade gastronômica” é o efeito surpresa! Você pode descrever toda a preparação para um cliente, mas na minha percepção é muito importante surpreender de alguma forma e é na finalização que a gente coloca o “toque de chef”.


Quais suas fontes de pesquisa e onde você busca inspiração para adequar sua comida ao tema da festa?

Na verdade no Big Brother como em qualquer trabalho que faço, escuto o cliente. Sinto o que ele deseja e tento desenvolver o que melhor se adéqua a sua necessidade, meu trabalho não é tabelado, só tenho alguns produtos prontos, mas a maioria é feito bem personalizado.
Conhecimento e estudo nesses momentos são muito importantes para a inspiração. Requer investimento em bibliografias confiáveis, sempre que possíveis algumas viagens para enriquecer mais ainda!


Quais as vantagens de desvantagens de trabalhar para a TV?

Na minha visão não existem desvantagens, essas experiências são sempre um aprendizado e uma resposta de que nosso trabalho é reconhecido e que é de boa qualidade. A final é uma imensa responsabilidade fornecer qualquer tipo de serviço a essa potência que é a Rede Globo, que movimenta o Brasil e o mundo.


Em sua opinião, quais habilidades um profissional deve ter para trabalhar no mercado de eventos para a televisão?

Acredito que tenha duas vertentes. Uma das habilidades profissionais e outra da qualidade do serviço prestado.

Entre as habilidades profissionais:
Postura, e isso envolvem desde a linguagem que utilizamos e abordagem ao cliente;
Boa aparência;
Capacidade de transmitir segurança;
Conhecimento técnico;
Iniciativa;
Liderança (não “chefia”, como vemos muito por ai) para conseguir que um grupo siga nossos objetivos. Afinal, o resultado é trabalho de toda uma equipe;
Disciplina, porque nesse tipo de trabalho você é seu próprio chefe;
Energia!!! Pois é muito trabalho. Noites sem dormir, pressão quando as coisas não acontecem como esperado, entre outros.

Entre a qualidade do serviço:
Estrutura física básica para a realização do pré-preparo;
Sempre prezar por produtos de primeira qualidade;
Respeitar as normas de controle de segurança alimentar (ANVISA) para evitar qualquer problema;
Mão de obra qualificada que consiga acompanhar o ritmo e exigência que o trabalho demanda.


Quais dicas você poderia dar para quem está começando na profissão e gostaria de ter uma chance?

Primeiramente amar a gastronomia e naturalmente descobrir a linha que será traçada na sua história profissional. Para quem corre atrás e tem segurança em sim próprio as portas sempre se abrem.

Depois, é muito do que falei sobre as habilidades profissionais. Nessa profissão precisamos ser ágeis e precisos, existe muita concorrência, muito cozinheiro!
Já parou para pensar? É aí como digo aos meus alunos, temos que procurar nosso diferencial!

Então, para quem está começando. Fica a dica!

Ame o que faz;
Aplique todos os conhecimentos técnicos que aprende;
Valorize seu professor e o que têm para ensinar;
Seja disciplinado e seguro do seu potencial;
Não perca tempo;
Aproveite as oportunidades;
Seja político! Nunca fecha portas;
E principalmente procure seu diferencial!


Para conhecer melhor o trabalho da chef visite seu site:
www.afgastronomia.com

Muito obrigada Alejandra por ter aceitado participar da entrevista para o Aromas e Sabores e muito mais sucesso em sua carreira!

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Entrevista Coletiva Blogga Rio - com Laura do Blog Comer comer

Esta entrevista faz parte da ação Blogga Rio Entrevista onde cada blogueiro carioca entrevista um colega e é entrevistado por outro. Gostou? A ideia é integrar melhor os blogs de Gastronomia do Rio de Janeiro e fazer com que os leitores nos conheçam melhor.

Eu fui entrevistada pela Maura do blog Trainee de Cozinheira, dê uma passada por lá!

O Aromas e Sabores apresenta a Laura, jornalista e estudante de Gastronomia, que escreve o blog Comer Comer.



Quando descobriu seu interesse pela culinária e aprendeu a cozinhar?


Desde que me lembro estou na cozinha rodeando minha mãe ou minha vó. Naturalmente veio o primiero pedido para ajudar aqui e ali, e quando já tinha idade suficiente, comecei a experimentar por conta própria. Até decidir que queria estudar gastronomia, tudo veio de forma natural e por tentativa e erro. Acho que é a melhor maneira, né? Colocar a mão na massa e ganhar experiência e feeling na coisa.

Você se lembra qual a comida que fez na vida e como ficou?

A primeira que me lembro foi um bolo formigueiro, que fiz do início ao fim por volta dos 8 anos de idade. Falei para minha mãe que queria fazer um bolo e ela me deu a receita e me ajudou nos princípios básicos. Mas minha mãe nunca teve muita paciência para ficar em cima mostrando o passo-a-passo. Ela me disse em linhas gerais o que eu tinha de fazer, e foi fazer outra coisa. O bolo ficou ótimo e isso me encorajou a começar a tentar por conta própria. Logo estava vendo programas de culinária e tentando reproduzir sozinha o que via na telinha.

Quando e porque você iniciou o Comer Comer?

Comecei diria que tardiamente no início de 2011. Eu simplesmente sou uma apaixonada por gastronomia e meus amigos e família sempre me incentivaram a trabalhar o tema de alguma forma. O blog surgiu para dar vazão às coisas que aprendo e para ensinar o pouco do que sei, já que é um formato fácil de começar e que aceita milhões de possibilidades.

Qual sua maior motivação para continuar escrevendo o blog e o que lhe desmotiva?

Minha maior motivação é interna. Depois que cemecei minha cabeça ferve com tantas possibilidades de abordagem sobre o tema. e como o blog começou a crescer, vi que alguma coisa interessante estava fazendo para atrair as pessoas, Isso me deu mais força de continuar a dividir meu caminho com a comida.

Se tivesse que se isolar em uma ilha deserta com somente 5 ingredientes quais escolheria e por quê?

Sal, pimenta, azeite, mel e shoyu. São ingredientes básicos que dificilmente conseguiria na ilha, e capazes de transformar os insumos. E se possível acrescentaria uma caixinha de fósforos à lista, rs.

Qual seu maior sonho gastronômico?

Olha, o maior sonho de verdade é viver de gastronomia, para poder experimentar mais e mais coisas desse universo. Se tivesse que escolher algo mais concreto, talvez seria um jantar no El Bulli. Como o restaurante está fechando suas portas esse mês, dá uma certa dor-de-cotovelo não conhecer o local que puxou os últimos 10 anos de história culinária.

Você é publicitária e estuda Gastronomia... Quais seus planos para quando terminar o curso? Pretende trabalhar na área, mudar de profissão?

Não existe um plano concreto. A faculdade veio como uma maneira de aprofundar meus conhecimentos, embasar mais o que faço no dia-a-dia e abrir caminhos dentro do tema. Se isso vai me dar uma nova profissão de cozinheira, ainda não dá para saber.

Você é uma pessoa sortuda que tem a oportunidade de estar entre o Rio de Janeiro e São Paulo. Quais as características gastronômicas dessas duas cidades que você mais aprecia?

Por mais que eu ame o clime descontraído do Rio de Janeiro, nenhuma cidade brasileira consegue chegar perto de São Paulo em variedade e serviço. Isso é muito inspirador em Sampa: poder comer quase qualquer coisa que te der vontade. O que acho que o Rio ainda faz melhor é oferecer aquele clima de almoço preguiçoso com os amigos, onde nenhum garçom fica te apressando a pedir a sobremesa, o café, a conta. No Rio você pode chegar à 5 da tarde em um restaurante e só levantar 10 da noite, e não tem nada melhor que reunir quem você gosta ao redor de uma mesa, né?


Não deixe de dar uma conferida nos outros blogs participantes:

Frango com Pequi - http://www.frangocompequi.com.br

Panela do Muniz - http://paneladomuniz.blogspot.com

Miss strudel - http://danistrudel.blogspot.com

Sabor em Si - http://regina-receitas.blogspot.com

Receitas diahs - http://receitasdiahs.blogspot.com

Cozinha Santa - http://cozinhasanta.blogspot.com

Raiz de Gengibre - http://www.raizdegengibre.com

Moça do brigadeiro - http://mocadobrigadeiro.blogspot.com

André Leite - http://andreleitegastronomia.wordpress.com

Moda Gourmet - http://www.modagourmet.com

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Gastronomia Profissão Cozinheiro em Navio

Seguindo com a série Gastronomia Profissão, que visa mostrar aos leitores diversas opções de trabalho na Gastronomia, hoje estou postando uma entrevista com Leonard Signer e Cruz, que foi meu colega de turma no curso de Gastronomia da Universidade Estácio de Sá e trabalhou nove meses em navios de cruzeiro.

Leonard conta para gente como foi sua experiência como segundo cozinheiro em navios da empresa MSC Cruzeiros, navegando pela Europa, Israel e Turquia e também pela costa brasileira. Estão pensando que foi só diversão?! Então leiam abaixo.

1. Como conseguiu o trabalho no navio e quais foram as exigências para conseguir o emprego? Houve alguma burocracia?

Fiz a inscrição em uma agência de recrutamento. Foi pedido carteira de trabalho e diploma para comprovar meu cargo, o curso de sobrevivência no mar (que fiz depois de me inscrever) e fluência no inglês. Eles pedem uma série de exames de saúde. Tive que tirar um passaporte panamenho, mas isso foi feito dentro do navio, pela própria companhia.

2. Quanto de dinheiro teve que investir?

Gastei com os exames exigidos para entrar na companhia e uma taxa de R$ 400,00 para a agência no momento do embarque. Eles pediram também um depósito de US$ 600 para a passagem aérea em caso de desistência ou quebra de contrato. Esse dinheiro foi devolvido em US$ quando retornei.

3. Qual idioma falava no navio? Deu para se virar bem?

A língua oficial do navio era o inglês, mas por ter muitos italianos à bordo, o italiano também era falado. Eu me virei com o inglês.

4. Como foi seu primeiro dia? Teve que levar material ou uniforme?

A recepção não foi das mais calorosas, um eslavo andou com os novatos pelo navio, para mostrar as instalações. No primeiro dia tive que comprar uniforme que foi deduzido do primeiro salário a receber. O material de cozinha estava disponível para uso comum.

5. Como era sua jornada de trabalho?

Comecei no turno do dia: começando às 7:00 da manhã, parando às 15:00, voltando às 18:00 e encerrando pela meia noite. Depois passei para o horário noturno: trabalhando das 22:00 até às 7:00 da manhã na produção, e voltava de tarde das 14h às 18h para montagem de pratos. Eu gostei mais de trabalhar no turno da noite, pelo único motivo de não ter chefes gritando o tempo inteiro. Não existem folgas, foram nove meses trabalhando todos os dias!

6. Como era seu alojamento/cabine?

As cabines são para 2, 3 ou 4 tripulantes, dependendo do cargo. A turma da limpeza, geralmente fica em cabines para 3 ou 4 e os cozinheiros em cabines duplas. Eu dividi a cabine com um indiano. As cabines são pequenas devendo ter uns 3 x 4 m, com cama, TV, banheiro e um armário por tripulante. Nem todas as cabines tinham TV.

7. O que fazia quando o navio estava no porto? Conseguiu passear, conhecer as cidades por onde passou, fazer compras?

Como dito anteriormente, não havia folgas. Eu podia descer nos portos desde que não estivesse em horário de trabalho. Quando passei para o turno noturno, havia tempo para sair e conhecer as cidades, mas o cansaço era tanto que foram poucas saídas. Ou você sai ou dorme. Em todos os portos os tripulantes têm direito de comprar no free shop, ficando livre dos impostos.

8. Qual tipo de comida era servida no restaurante? Como era essa comida e em quais estações trabalhou?

Cozinha internacional, puxada para italiana, sempre constavam no menu pastas e risotos. Eu trabalhei os noves meses de contrato no garde manger, preparando somente entradas, que na sua grande maioria eram pratos ruins, combinações estranhas, peixes mal marinados... Era uma produção em massa, poucos pratos eram realmente saborosos.

9. Fez alguma besteira na cozinha? Algum desastre? Algum mico?

Creio que não. Algumas vezes discuti com meu chefe e foi um bafafá na cozinha! Mas nada anormal num ambiente de cozinha de produção para 3000 passageiros.

10. Quem era o chef de cozinha e como foi sua relação com ele? Como é a hierarquia no navio, igual a outras cozinhas?

Minha relação com meu chefe foi boa, algumas discussões por produção desnecessária e desperdício, mas depois aprendi que essa era a política do navio. Hierarquia de uma cozinha normal: chefe executivo, sous chef, e chefes de partida; 1°, 2° cozinheiros e ajudantes.

11. Como eram os colegas de trabalho? De quais nacionalidades?

A maioria era de Indonésios, Indianos e Filipinos, mas havia uns poucos Brasileiros Italianos e Birmânios.

12. Sofreu alguma discriminação por ser estrangeiro/brasileiro?

A única discriminação era o salário. Enquanto eu ganhava US$ 1.000 como 2° cozinheiro, um europeu no mesmo cargo ganhava 3.000 euros.

13. Qual foi seu maior aprendizado nesse trabalho?

Acho que o maior aprendizado foi resistir nove meses, trabalhando todos os dias, numa escala de mais de 12 horas diárias. Sem ficar doente e sem faltar no trabalho.

14. O que achou das condições de trabalho em um navio? O salário vale à pena? Como era feito o pagamento?

O pagamento era feito mensalmente em dinheiro e o salário acaba compensando porque não há gastos. Todos têm direito à comida, cama e roupa lavada. Como não sobra tempo para muita coisa, acaba-se gastando muito pouco. As condições são boas, mas é muito cansativo! Toda a brigada de restaurante (garçons, cozinheiros e limpeza) está sempre com cara de acabado.

15. Algum conselho para quem quiser trabalhar na cozinha de um navio?

Muita coragem e muita disposição! Quem acha que é mole, melhor nem se candidatar para não perder tempo.

16. E no Brasil, como foi sua volta? Pretende trabalhar em cruzeiros novamente?

Fiquei parado um mês quando voltei, mas por opção, pois precisava descansar! Depois procurei emprego por mais um mês, indo trabalhar num bistrô na Lapa, no Rio de Janeiro. Me ligaram algumas vezes da companhia para embarcar novamente, agora como 1° cozinheiro, mas recusei. Acredito que as portas para trabalhar em qualquer companhia de cruzeiros estão abertas, mas é muito cansativo. Quando mudarem a política de salários (brasileiro = europeu) voltarei para mais uns contratos.

O Aromas e Sabores agradece ao Leo pela entrevista e deseja a ele muito sucesso!!

Veja também Gastronomia Profissão Professora com a Chef Cris Leite

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Entrevista com coordenadora do curso de Gastronomia on-line da Anhembi Morumbi

Essa semana entrevistei Fernanda Furuno que é a coordenadora de educação à distância da Anhembi Morumbi. O objetivo das perguntas feitas por mim com a ajuda dos leitores do blog, colegas do orkut e amigos era tirar dúvidas sobre o novo curso de Gastronomia on-line oferecido pela universidade e já apresentado a vocês em postagens anteriores. Vejam abaixo.

1. A maioria das pessoas tem dificuldades para entender como funcionará uma aula de disciplina prática on-line. A Sra poderia nos descrever detalhadamente uma aula?

Para as disciplinas práticas os conteúdos estarão disponibilizados no ambiente online de forma organizada e orientada pelo professor da disciplina. Cada disciplina contará com a apostila com os objetivos da disciplina, o detalhamento dos termos técnicos e as receitas, assim como os vídeos explicativos do passo a passo. Serão disponibilizadas atividades de fixação dos conceitos das aulas (testes) e as atividades práticas online englobarão o envio de imagens (foto/vídeo) das produções dos alunos.

2. Como será e o que será feito no encontro presencial semestral?

Serão dois encontros presenciais: o primeiro destinado às disciplinas práticas, com a elaboração de pratos por parte dos alunos, nas cozinhas da Universidade, com acompanhamento do professor/chef.
O segundo destinado às provas finais: disciplinas teóricas – provas eletrônicas em laboratório.

3. Quando aprendemos a cozinhar usamos nossos cinco sentidos - olfato, tato, visão, audição e paladar. Um ambiente on-line só consegue transmitir dois desses sentidos. O que o curso pretende fazer para que o aluno supere a falta dos outros três?

As principais orientações estarão disponibilizadas no ambiente por meio das receitas e técnicas em vídeo para os alunos terem a referência, ele poderá consultar os professores por meio do fórum em caso de dúvidas.

4. Além de habilidades sensoriais cozinhar exige habilidades motoras para cortar, desossar, etc. Como o curso pretende formar essa competência à distância já que o professor não estará ao lado do aluno para guiá-lo na tarefa?

As técnicas serão passadas por meio dos vídeos e os alunos deverão seguir essas orientações. No encontro presencial os professores poderão corrigir ao vivo, mas será muito importante que os alunos se atentem às técnicas durante a execução dos pratos à distância e em caso de dúvidas, consultar o professor.

5. Visto que a técnica de um cozinheiro é item fundamental em seu processo de aprendizagem, quais são os mecanismos que o curso usará para ensinar, por exemplo, pontos de cocção?

Os pontos de cocção são ensinados passo a passo através dos vídeos de aula. Por exemplo, no caso de uma carne grelhada as peças em seus diversos pontos são colocadas uma ao lado da outra para que o aluno visualize a diferença entre os pontos e os reconheça.

6. E quais serão os mecanismos usados para corrigir os erros dos alunos e possíveis dificuldades de aprendizagem na área técnica?

Os professores fornecerão o feedback aos alunos por meio do ambiente e em caso de dúvidas pontuais, poderão exemplificar por meio de novos vídeos.

7. Acredito que a maioria dos alunos não tenha em casa equipamentos profissionais e em bom estado como os do laboratório da faculdade. Vocês pretendem levar isso em consideração na hora do ensino e avaliação do aluno?

Os alunos já tem acesso à lista de materiais necessários para o curso, em caso de adaptações, deverão ser sinalizados e orientados pelo professor.

8. Como o aluno irá preparar produtos de panificação com um forno e equipamentos domésticos? As receitas foram adaptadas?

Em disciplinas que exigem um equipamento muito específico, tal como a panificação, devemos compreender que o mais importante é que o aluno absorva a técnica de preparo, pois é através da visualização e explicação que a reprodução se torna possível. Obviamente o aluno conseguirá fazer a maioria das receitas, pois as produções do Curso envolvem quantidades que comportam a reprodução em ambiente doméstico.

9. Acredito que a faculdade irá receber alunos de outros estados e cidades do Brasil, correto? Sabemos que em muitas cidades brasileiras alguns insumos não são encontrados, vocês planejaram alguma ajuda para a compra/obtenção dos insumos necessários para o curso?

Em caso de dificuldade para encontrar os insumos, os professores poderão indicar ingredientes que possam substituí-los.

10. Qual é o perfil de entrada dos alunos? O curso receberá alunos sem nenhum conhecimento de culinária? Se sim, como o curso pretende ensinar a alunos iniciantes noções de tempero, salga, equilíbrio de sabores, etc em uma preparação?
Em geral, o público que tem nos procurado já tem experiência ou são interessados na área e com conhecimentos básicos. As disciplinas iniciais do curso, como Habilidades Básicas de Cozinha, também terão o papel de habilitar os alunos para as disciplinas mais avançadas.

11. Muitas pessoas acreditam ser impossível aprender a cozinhar profissionalmente no ambiente digital. O que você gostaria de dizer sobre isso?

Essa questão vai depender do perfil de cada aluno. Os alunos que procuram cursos a distância já tem uma pré-disposição para o estudo autônomo e a dedicação diferenciada dos alunos dos cursos presenciais. O curso visa mesmo a capacitação profissional dos alunos.

12. Ainda existe muito preconceito em relação ao curso de Gastronomia on-line. Como um aluno do curso poderá lidar com uma possível discriminação no mercado de trabalho?

Não acreditamos nisto, pois esta é uma mentalidade de quem vive numa região que tem oferta de ensino em gastronomia. Lembremos que a grande maioria dos estados e regiões do Brasil necessitam de mão de obra qualificada, mas não têm como oferecer uma educação de qualidade. Além do mais, o fato de um aluno frequentar um curso presencial não é garantia que ele será um bom profissional, como em todas as profissões, existem os bons e os maus profissionais.

13. O curso já foi homologado pelo MEC?

A Universidade é credenciada para a oferta de Educação à Distância, o reconhecimento será solicitado posteriormente, é necessário que o curso já esteja em andamento para a solicitação.


Veja a página oficial da Anhembi Morumbi

Quer se inscrever no curso? Clique aqui




terça-feira, 24 de agosto de 2010

Gastronomia Profissão Professora - Chef Cris Leite


Esta entrevista com a Chef Cris Leite foi chamada de Gastronomia Profissão Professora porque pretendo entrevistar vários profissionais da área que atuem em funções diferentes das de chef de cozinha. O objetivo das entrevistas é dar aos leitores e alunos de Gastronomia informações diversas sobre os cargos que uma pessoa formada em Gastronomia pode ocupar. Afinal das contas um Gastrônomo não precisa necessariamente trabalhar em um restaurante!

A Chef Cris Leite escreve o blog que leva seu nome - http://www.chefcrisleite.com - faz parte do grupo dos Gastrotwitteiros no twitter e é uma pessoa adorável que ama o que faz! Vamos conhecê-la?

Ficha técnica

Nome: Cris Leite
Idade: 48 anos
Cidade onde mora: Rio de Janeiro
Local/locais onde leciona: SENAC Rio, Celdom Gourmet,
Matéria/as que leciona: Criação em Culinária e Cozinha Brasileira

Qual a sua formação?
Sou graduada em Gastronomia pelo Curso Superior Internacional em Gastronomia da Universidade Estácio de Sá e pós graduada em Docência do Ensino Superior.

Como e quando surgiu seu interesse pela culinária/Gastronomia?
Desde criança admirava minha mãe cozinhar e sempre quis trabalhar em cozinha. Só depois de adulta tive consciência da minha vocação.

Quais eram seus objetivos ao entrar para a faculdade? Já sabia que queria lecionar?
Quando comecei o curso de gastronomia sabia que ia ensinar, escrever, difundir a gastronomia. Era meu objetivo, sempre persegui esse objetivo.

Como foi sua primeira aula de Gastronomia/culinária como professora? Conte para a gente como conseguiu o trabalho e o que fez para se preparar.

Comecei dando aula nos cursos de férias da Universidade Estácio de Sá, foi excelente porque nesses cursos o público é diversificado. Assim que terminei o curso de gastronomia comecei a Pós em docência.

O que você mais gosta na profissão de professora e o que menos gosta?
Com a docência mantenho a viva minha paixão pela profissão. A missão de passar adiante meus conhecimentos é fascinante, participar da formação de profissionais de cozinha é gratificante. Eu não gosto de ver alunos sem vocação, fico triste.

Qual cozinha ou tipo de prato você mais gosta de ensinar?
Sem dúvida ensinar culinária brasileira me realiza!

Na sua opinião, quais características um bom professor de Gastronomia deve ter?
Amor pela culinária, aprimorar sempre os conhecimentos, paciência e muita vontade de formar novos profissionais.

Como está o mercado de trabalho para um professor no Rio de Janeiro?
Está crescendo cada vez mais. Para se colocar no mercado é preciso dedicação e muito estudo. Cada dia surge mais um curso de gastronomia no mercado.

Como é o trabalho fora da sala de aula?

O professor tem muito trabalho fora da sala de aula: preparar as aulas teóricas, material didático, testar as receitas e não parar de estudar nunca!

Qual a melhor maneira para começar na profissão? Quais dicas você poderia dar para uma pessoa que queira ser professor de Gastronomia?

Cursar gastronomia, cursar pós de docência do ensino superior, aprimorar os conhecimentos sempre e amar a profissão.

domingo, 22 de agosto de 2010

Entrevista comigo

Enquanto estive fora o blog Deguste a Dois publicou uma entrevista comigo e eles estão também com um concurso cultural em que o prêmio é meu livro de receitas "Musses, Pastas e Antepastos".

Não é o máximo?! Não percam!

Deguste a Dois

terça-feira, 22 de junho de 2010

Entrevista Coletiva - com Gerson Mendes do Cooking Weekend


O Entrevista Coletiva é uma ação entre 11 blogs de culinária. Foi uma maneira divertida que encontramos para você leitor nos conhecer melhor. Cada participante entrevistou e foi entrevistado por outro blogueiro, ou seja, você tem 11 entrevistas para ler e curtir.

Veja ao final da postagem os links para os outros blogs participantes.

Coube a mim entrevistar o simpático Gerson do blog Cooking Weekend. Veja a entrevista abaixo.

Eu adorei, e você?

Ficha Técnica

Gerson Geraldo Mendes Faria
Natural de Pindamonhangaba, SP
Residente em Pindamonhangaba
Arquiteto e professor na Universidade de Taubaté, SP

1. Como surgiu seu interesse pela cozinha e como foi sua iniciação e aprendizado?

O interesse pela cozinha surgiu por volta de 5 anos de idade, quando observava minha avó Carmela cozinhar e preparar delícias para todos nós. Ela sempre me estimulou a colocar a mão na massa, porém, os meus trabalhos na cozinha tiveram início na adolescência quando percebi que não dependia das pessoas para elaborar o que comer.

2. O que você não sabe ou tem medo de fazer ou sempre dá errado na cozinha?

Bem, nunca tive medo de realizar algo na cozinha, porém, claro que tive certa preocupação de preparar algo e as pessoas não aprovarem. Meu ponto fraco na cozinha são as sobremesas, mas ultimamente arrisco em fazê-las e estou obtendo alguma satisfação nesse propósito.

3. Você consegue ter prazer em cozinhar um prato de que não gosta de comer? Existe algum prato que não faria de jeito nenhum?

Geralmente eu não gosto de preparar o que não como, porém como desejo mergulhar nesta profissão, terei que enfrentar estas barreiras. Os pratos que evito fazer são pratos a base de muito creme de leite e manteiga, mas não hesitarei em atender um pedido.

4. O que jamais pode faltar em sua cozinha, entre utensílios e ingredientes?

Entre os utensílios uma boa panela, uma boa frigideira, e claro, pegadores e espátulas. Já entre os ingredientes um bom vinho, uma boa pasta e temperos naturais plantados colhidos na horta caseira.

5. O que você comeu que jamais saiu da sua memória? Por quê?

A galinha caipira ao molho com ovas e a macarronada de domingo da casa de minha avó. O porquê envolve todo o carinho do preparo e o carinho familiar.

6. Onde você procura primeiro uma receita ou dica de cozinha? Na internet ou em algum livro específico?

Procuro sempre criar os pratos que faço sempre com algum detalhe diferente, claro que às vezes recorro a algum livro para obter o preparo de uma massa ou até mesmo um tipo de molho, porém sempre recrio o que busquei. Antigamente recorria aos livros e receitas dos cadernos antigos de minha mãe, hoje a internet é mais rápida, mas nada como vasculhar o passado nos livros.

7. O que o levou a criar o Cooking Weekend?

No mês de julho de 2009 estava em casa com meus dois filhos Giulia e Alexandre, por volta de 14:00h, ainda não havia preparado nada para o almoço e quando deparei com esta situação abri a geladeira e não havia muitos itens para compor a refeição deles. Observando a situação peguei alguns tomates cereja, algumas folhas de alface, dois ovos e temperos. Bem, preparei um ovo mexido, porém, pensei comigo, é um prato bem simples. Daí tive a idéia de arrumar como se fosse um prato bem desenhado e deu certo, foi um sucesso aquele almoço, inclusive fiz algumas fotos; coisa que nunca havia feito antes.
Quando novamente de férias em dezembro de 2009, comecei a olhar algumas fotografias e encontrei aquele prato, achei engraçado e pensei em mostrar para as pessoas. Foi então que surgiu a idéia de criar um blog e surpreendentemente deparei com milhões de blogs de gastronomia, fiquei maravilhado e pensei em mergulhar neste meio. Pensei em um nome que transmitisse o que realmente faço que é cozinhar nos finais de semana, logo, “Cooking Weekend”.

8. Escrever o Cooking Weekend modificou ou acrescentou algo em sua cozinha ou em sua relação com a comida?

Sim, modificou a minha relação com a comida e com o aprendizado, pois como não tenho tempo disponível para fazer uma graduação na área, os pareceres dos amigos e as dicas cumprem bem esse papel. Em relação a minha cozinha, hoje ela é bem mais equipada no geral tanto em utensílios como na despensa. A comida hoje é encarada por mim de maneira mais carinhosa, desde tratar um alimento, no seu preparo, quanto na montagem de um prato. Sei que estou no começo, mas dia a dia aprimoro e procuro corrigir as falhas em cima dos erros. Posso citar um exemplo, quando um dia apresentei um prato aqui na internet e uma chefe de cozinha me falou: “Gerson a ‘salsinha está sobrando’ o pouco às vezes é muito”; e não é que deste ponto em diante sempre tomei este cuidado, ou seja, foi mais que uma aula.

9. Você diz que sua família é sua equipe de apoio. Eles o ajudam com o blog? Com que tipo de ajuda?

Todos da família colaboram tanto com a divulgação através da mídia e no boca a boca; também no preparo dos pratos e no auxílio junto à cozinha e horta. Minha filha Giulia ajuda nas fotografias e nas revisões ortográficas e minha esposa Elzira a grande assistente.

10. O que faz você visitar com freqüência um blog de culinária?

A freqüência das visitas em algum blog é feita por algo bem atrativo. A propaganda nos induz, de certa forma, a visitá-lo e claro, seu conteúdo com receitas criativas e belas imagens.

11. Qual comida levaria para uma ilha deserta?

Gostamos muito de peixe, tanto é que o conteúdo de nosso site é mais voltado para estes pratos. Levaria para a ilha uma boa vara de pescar, um bom vinho branco, uma boa água mineral e meu coador de café com aquele pó da fazenda.

12. Como seriam suas férias gastronômicas ideais?

Tive a resposta desta pergunta neste feriado de ”Corpus Christi”, pois recebemos em casa uma chefe de cozinha que sempre admirei e sempre me inspirou a fazer bons pratos. Foi uma imersão gastronômica que tive nestes dias, pois, ela me fazia dar explicações para tudo que eu estava fazendo na cozinha e tudo isto com a família em volta, quer coisa melhor? “Cozinhar, aprender, e comemorar os resultados com bons amigos”.

Veja abaixo os blogs participantes! A Tatiana do blog Panelaterapia me entrevistou, para ver a entrevista é só clicar na logo!











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